Passatempo divertido
Comecei 3B no Koibito totalmente por acaso. Foi o meu primeiro J-drama e eu não sabia muito o que esperar dele, então comecei sem pretensões só querendo conhecer o Dori Sakurada, que foi o motivo para começar a assistir.Como minha infância foi recheada de animes e live actions japoneses o estilo de interpretação e a história com toques exagerados para provocar humor não me incomodaram nem um pouco. Muito pelo contrário, pra mim foi o grande charme da série.
Não é uma trama elaborada nem com grandes acontecimentos ou reviravoltas. É o dia a dia de uma garota que de repente se vê dividindo a mesma casa com 3 desconhecidos. A grande sacada dos primeiros episódios é mostrar a convivência entre eles e como vão se adaptando uns aos outros, mas claro que em algum momento uma possibilidade romântica poderia ocorrer e é algo que a gente torce desde o início.
Não é uma série linear. Mesmo com apenas 10 episódios o roteiro consegue se perder um pouco, mas nada que atrapalhe o resultado final, e minha dica é: assista como se fosse um anime e apenas com o objetivo de se divertir.
O final deixou (pra mim) uma possibilidade de segunda temporada, o que eu gostaria muito.
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Doença mental de maneira leve e real
Mais de 24h depois de concluir este drama, sinto necessidade de escrever (muita) porque ele continua reverberando em mim e me causando muita reflexão. E se um drama me faz refletir suas questões por tanto tempo significa que ele é muito bom.Então essa é minha primeira conclusão sobre "Mad for Each Other": é um drama muito bom. E isso é claro desde o primeiro episódio, que é hilário. Esta é a primeira grande sacada do roteiro: carregar na comédia no episódio inicial e assim criar conexão e empatia pelos protagonistas, afinal, como apresentar personagens com realidades tão difíceis? Se não fosse assim a história seria muito sombria pois doença mental não é um assunto divertido. A segunda grande sacada do roteiro foi unir comédia e doença mental de forma respeitosa. Em nenhum momento ela é caricata ou trata os personagens como idiotas. Não rimos deles mas das situações e como reagem à elas.
Depois disso somos apresentados à outros personagens interessantes, como Samantha, e divertidos, como as senhoras da associação de moradores, e vamos aos poucos conhecendo o passado de Min Kyung e Hwi Oh, entendendo suas dores e torcendo por eles.
E que casal improvável esse, não? (e por isso uma delícia de ver acontecer): o cara com problemas para administrar a raiva e a garota que mais o irrita. Pensando que em terapia uma das maneiras de superar uma situação é enfrentando-a, conviver com Min Kyung foi essencial para a recuperação de Hwi Oh já que ele não podia estourar com ela o tempo todo, especialmente pq ao conhecê-la entendeu que o problema dela era medo de outras pessoas por não conseguir confiar nelas.
É muito bonito de ver a conexão que eles vão criando aos poucos, a confiança que ela vai adquirindo nele e o controle que ele tem com ela, e como essa afinidade vira amizade e então amor, e como esse amor vai ajudando a colar os pedacinhos de cada um e a gente vai acompanhando este caminho de cura de ambos.
Aí chegamos na terceira grande sacada (e talvez a mais difícil de entender) do roteiro: tratar de doença mental de forma real, mostrando que a cura não é linear e que o amor alivia as dores, mas não cura totalmente.
E isso é muito evidente (mas não totalmente perceptível) na Min Kyung nos dois episódios finais. Já estamos tão envolvidos pelo romance e torcendo pelo casal que quando depois de uma série de mal-entendidos e um incidente ela não quer mais Hwi Oh por perto a primeira reação do espectador é de decepção, porque a gente está acostumado com "o amor resolve tudo" e fica sem entender como ela até começou a temê-lo. Mas pessoas com problemas de confiança causada por um trauma levam anos para acreditar em alguém e qualquer coisa pode fazer tudo ruir. No final ela até diz que não consegue viver nem amar de maneira normal pq ela sente medo o tempo todo. Mas a gente sabe que ela o ama e eles continuam juntos mesmo que ela se distancie um pouco e a cena final é uma prova disso.
Conseguindo entender isto posso dizer que o final foi coerente, mesmo não sendo (ainda) o feliz para sempre. Assim até aumentei minha nota aqui de 9 para 9,5. Só não foi 10 pq houve uns deslizes no roteiro nos 4 episódios finais que não vou escrever aqui pois o texto já está longo.
Não assisti a outros dramas sobre o tema mas não sei se existe outro que trate do assunto de maneira tão aberta, e isso é louvável pois doença mental ainda é um assunto tabu mesmo em pleno século XXI e carrega muito estigma, vide uma série de comentários que li sobre o comportamento dos personagens, principalmente da personagem feminina, que mostra o quanto o tema é carregado de preconceito ainda mais quando associado à mulher.
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Kikazaru Koi niha Riyuu ga Atte
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Drama-conforto e relações saudáveis
Que drama delicinha de assistir é Kikazaru Koi. Leve, divertido, com a dose certa de romance e humor, é a história de um dia a dia comum, de pessoas comuns, vivendo suas vidas e fazendo o melhor que podem para conquistar seus objetivos. Parece bobo descrevendo assim? Mas não é disso que é feita a vida? De momentos ordinários, que não deixam de ter sua beleza exatamente por serem comuns?Eu acho que o grande destaque aqui é o relacionamento saudável entre TODOS os personagens. Não tem o traíra nem o invejoso, o que tenta puxar o tapete, o vilão. O casal principal (Shun e Kurumi, o casal mais fofo do mundo) resolve todos os seus conflitos e diferenças com diálogo. E não há aquele(a) que sempre cede, sempre corre atrás ou sempre pede desculpas; esse é um movimento dos dois, não há joguinhos nem remoer as coisas pra jogar na cara depois. Com eles nada fica pra depois, e eles se apoiam e querem ver o outro crescer (meta de relacionamento REAL).
Os demais personagens também são muito legais e todos tem sua própria história, seus problemas e inseguranças, que acabam gerando boas reflexões pra quem assiste também. Eu quero morar na casa da Kouko e ser amiga de todo mundo.
Eu terminava cada episódio com o coração quentinho e vontade de assistir mais, se tornou o meu drama-conforto.
Recomendo muito.
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