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Eu não gosto de melodramas, essa é a primeira coisa a dizer sobre a minha pessoa no quesito doramas. Mas há premissas que me fazem querer dar uma chance, assim como elencos que às vezes tem algum ator/atriz que eu goste, me fazendo querer ver para apoiá-lo também.
That Winter, The Wind Blows teve ambos os casos. A premissa tanto era curiosa e passível de mistérios por desvendar sobre o que veio a separar Oh Young e Oh Soo quando crianças - além do divórcio dos pais -, além de que a atriz da protagonista, Song Hye Kyo, eu já havia conhecido e gostava do trabalho dela por Descendants of The Sun. Verdade seja dita que outra a influenciar que eu assistisse foi a Jung Eun Ji como um Moon Hee Sun. Estava aí o combo que me fez parar para começar essa história e ver até onde ela ia dar.
Para começo de conversa, eu não esperava ser tão envolvida na trama logo nos dois primeiros episódios, mas foi isso que aconteceu. Antes que eu percebesse já estava lá pelo episódio 4 ou 5, gostando muito do drama e cada vez mais ansiosa pelos acontecimentos do episódio seguinte. Eu literalmente maratonei o drama em cinco dias, o que já é um mérito do drama porque eu raramente faço isso, mesmo com dramas que fazem meu estilo; é preciso me prender muito, e foi isso que essa história fez.
Em contrapartida, seus personagens, cada vez mais me faziam ficar confusa sobre quem eles eram ali. Os protagonistas em especial foram os mais centrados, especialmente o Oh Soo, cujo ator eu não conhecia mas muito me surpreendeu no papel. Ele passou muito dos sentimentos conflituosos do homem que à certo ponto já não sabia mais o que queria para sua vida além de ajudar ao máximo a irmã falsa a ao menos conseguir recuperar a visão. Eu gostei muito da personalidade dele, porque parecia a mais real e humana ali, com seus momentos de coragem, outros de fraqueza, outros de carinho e compaixão, outros de pura raiva e desesperança. Dado o histórico de vida do rapaz, era tudo tão bem encaixado nas suas reações, que mesmo quando sorria, dava para sentir uma lágrima interna nele, e vice-versa, e isso me fez me apegar e torcer muito por ele.
Oh Young, por outro lado, me deixou muitos sentimentos contraditórios. Nos primeiros episódios eu só sabia apreciar o tanto de patadas que ela dava em perguntas descabidas ou intromissões alheias, o quanto ela parecia mas não era nada boba, pelo contrário, era muito esperta e atenta e conseguia até mesmo enganar àqueles ao seu redor em prol de se proteger de algo pior. Foi uma personagem que por vezes bateu muito orgulho, mas que no final, precisamente nos 2 episódios finais, eu senti ela perder muito dessa essência e ficar à base de pura tentativa e erro dos roteiristas. Enfim. Mas, por outro lado, eu me surpreendi e amei a atuação da Song Hye Kyo. Ainda mais pelo fato da protagonista ser cega, ela passou uma atuação tão real que era como se não fosse ficção, não fosse atuação. Fosse nas expressões, nos gestos, no modo de falar em alguns momentos específicos... foi tudo tão bem feito que, nesse ponto, só tenho a elogiar a atriz.
Os outros dois personagens parte do elenco protagonista me deixaram em ainda mais conflitos, um mais que o outro. Começando pela Hee Sun. Antes desse, eu já havia conferido outros 2 ou 3 dramas da Eunji e continuo gostando muito da atuação dela, mas é verdade que a personagem de That Winter não ajudou muito. Hee Sun tinha momentos que ela parecia falar o que eu pensava, enquanto que em outros parecia ser só uma garotinha birrenta, atrapalhando situações e se intrometendo de formas bem desnecessárias. Isso durou em grande parte no início e metade do drama; felizmente nos episódios finais isso amenizou e ficou mais da garota que tentava ser responsável do jeito dela, enquanto lutava para sobreviver também. Não que eu tenha gostado dela ainda assim, mas estava menos irritante do que antes, então, ok. Jin Sung, por outro lado, de certa forma o então reconhecido como seu par romântico, começou o drama muito bem, sendo um apoio e tanto para o Oh Soo nos esquemas em que ele se metia, e por vezes a lealdade deles era colocada à prova mas Jin Sung sempre se provava mais fiel do que o amigo pensava que ele era. A dupla de melhores amigos perfeita, não fosse por alguns deslizes aqui e ali e, principalmente, pelo final que só me fez terminar o drama com muita raiva do personagem.
E é aí que o problema de tudo se encontra: o final. Até o episódio 14 as coisas tinham um rumo muito bom, até que no 15 as coisas já foram por um caminho no mínimo duvidoso, com uma atitude por parte da protagonista que caiu por terra no início do 16 e ficou como se nada tivesse acontecido, de certa forma. Depois, nesse próprio 16, a principal e mais letal pendência vai ser resolvida para Oh Soo, mas aí... aí, meus caros, tem de tudo. Intromissão do vilão que após isso some, cena que subentende um acidente pra lá de estranho e aleatório mas que não garante que ele aconteceu, e depois o segundo pior de todos os momentos desse desfecho, uma baita traição. E aí vem o primeiro pior momento do episódio, uma sequência que pula meses no futuro após uma cena mais que repentina e delicada, e do nada os personagens aparecem como se nada, absolutamente nada, tivesse acontecido. E aí, roteiristas? Qual a explicação? Porque eu não encontrei ela ainda, e eu me recuso a acreditar que aquilo foi um final. Na verdade, nem mesmo a cena fofinha do casal principal depois consegue salvar - na minha humilde opinião. A lacuna entre uma cena e outra, entre um espaço de tempo e outro, que ficou foi tão terrível de absurda, que eu não estou nem aí se os casais terminam juntos ou não. Eu só queria um final que fosse explicado, mesmo que ele fosse triste, mas parece que eu não vou ter nem isso.
Então, é... That Winter, The Wind Blows começou muito bem e tinha tudo para ser, ainda que não um favorite meu, mas certamente um drama que eu recomendaria sempre. Depois desse desfecho apressado, mal feito e todo engessado, porém, isso é o que eu menos vou fazer. Se valeu a pena assistir mesmo assim? Eu digo que sim. Só pelo show de atuação da Song Hye Kyo e do Jo In Sung. De resto... próximo!
That Winter, The Wind Blows teve ambos os casos. A premissa tanto era curiosa e passível de mistérios por desvendar sobre o que veio a separar Oh Young e Oh Soo quando crianças - além do divórcio dos pais -, além de que a atriz da protagonista, Song Hye Kyo, eu já havia conhecido e gostava do trabalho dela por Descendants of The Sun. Verdade seja dita que outra a influenciar que eu assistisse foi a Jung Eun Ji como um Moon Hee Sun. Estava aí o combo que me fez parar para começar essa história e ver até onde ela ia dar.
Para começo de conversa, eu não esperava ser tão envolvida na trama logo nos dois primeiros episódios, mas foi isso que aconteceu. Antes que eu percebesse já estava lá pelo episódio 4 ou 5, gostando muito do drama e cada vez mais ansiosa pelos acontecimentos do episódio seguinte. Eu literalmente maratonei o drama em cinco dias, o que já é um mérito do drama porque eu raramente faço isso, mesmo com dramas que fazem meu estilo; é preciso me prender muito, e foi isso que essa história fez.
Em contrapartida, seus personagens, cada vez mais me faziam ficar confusa sobre quem eles eram ali. Os protagonistas em especial foram os mais centrados, especialmente o Oh Soo, cujo ator eu não conhecia mas muito me surpreendeu no papel. Ele passou muito dos sentimentos conflituosos do homem que à certo ponto já não sabia mais o que queria para sua vida além de ajudar ao máximo a irmã falsa a ao menos conseguir recuperar a visão. Eu gostei muito da personalidade dele, porque parecia a mais real e humana ali, com seus momentos de coragem, outros de fraqueza, outros de carinho e compaixão, outros de pura raiva e desesperança. Dado o histórico de vida do rapaz, era tudo tão bem encaixado nas suas reações, que mesmo quando sorria, dava para sentir uma lágrima interna nele, e vice-versa, e isso me fez me apegar e torcer muito por ele.
Oh Young, por outro lado, me deixou muitos sentimentos contraditórios. Nos primeiros episódios eu só sabia apreciar o tanto de patadas que ela dava em perguntas descabidas ou intromissões alheias, o quanto ela parecia mas não era nada boba, pelo contrário, era muito esperta e atenta e conseguia até mesmo enganar àqueles ao seu redor em prol de se proteger de algo pior. Foi uma personagem que por vezes bateu muito orgulho, mas que no final, precisamente nos 2 episódios finais, eu senti ela perder muito dessa essência e ficar à base de pura tentativa e erro dos roteiristas. Enfim. Mas, por outro lado, eu me surpreendi e amei a atuação da Song Hye Kyo. Ainda mais pelo fato da protagonista ser cega, ela passou uma atuação tão real que era como se não fosse ficção, não fosse atuação. Fosse nas expressões, nos gestos, no modo de falar em alguns momentos específicos... foi tudo tão bem feito que, nesse ponto, só tenho a elogiar a atriz.
Os outros dois personagens parte do elenco protagonista me deixaram em ainda mais conflitos, um mais que o outro. Começando pela Hee Sun. Antes desse, eu já havia conferido outros 2 ou 3 dramas da Eunji e continuo gostando muito da atuação dela, mas é verdade que a personagem de That Winter não ajudou muito. Hee Sun tinha momentos que ela parecia falar o que eu pensava, enquanto que em outros parecia ser só uma garotinha birrenta, atrapalhando situações e se intrometendo de formas bem desnecessárias. Isso durou em grande parte no início e metade do drama; felizmente nos episódios finais isso amenizou e ficou mais da garota que tentava ser responsável do jeito dela, enquanto lutava para sobreviver também. Não que eu tenha gostado dela ainda assim, mas estava menos irritante do que antes, então, ok. Jin Sung, por outro lado, de certa forma o então reconhecido como seu par romântico, começou o drama muito bem, sendo um apoio e tanto para o Oh Soo nos esquemas em que ele se metia, e por vezes a lealdade deles era colocada à prova mas Jin Sung sempre se provava mais fiel do que o amigo pensava que ele era. A dupla de melhores amigos perfeita, não fosse por alguns deslizes aqui e ali e, principalmente, pelo final que só me fez terminar o drama com muita raiva do personagem.
E é aí que o problema de tudo se encontra: o final. Até o episódio 14 as coisas tinham um rumo muito bom, até que no 15 as coisas já foram por um caminho no mínimo duvidoso, com uma atitude por parte da protagonista que caiu por terra no início do 16 e ficou como se nada tivesse acontecido, de certa forma. Depois, nesse próprio 16, a principal e mais letal pendência vai ser resolvida para Oh Soo, mas aí... aí, meus caros, tem de tudo. Intromissão do vilão que após isso some, cena que subentende um acidente pra lá de estranho e aleatório mas que não garante que ele aconteceu, e depois o segundo pior de todos os momentos desse desfecho, uma baita traição. E aí vem o primeiro pior momento do episódio, uma sequência que pula meses no futuro após uma cena mais que repentina e delicada, e do nada os personagens aparecem como se nada, absolutamente nada, tivesse acontecido. E aí, roteiristas? Qual a explicação? Porque eu não encontrei ela ainda, e eu me recuso a acreditar que aquilo foi um final. Na verdade, nem mesmo a cena fofinha do casal principal depois consegue salvar - na minha humilde opinião. A lacuna entre uma cena e outra, entre um espaço de tempo e outro, que ficou foi tão terrível de absurda, que eu não estou nem aí se os casais terminam juntos ou não. Eu só queria um final que fosse explicado, mesmo que ele fosse triste, mas parece que eu não vou ter nem isso.
Então, é... That Winter, The Wind Blows começou muito bem e tinha tudo para ser, ainda que não um favorite meu, mas certamente um drama que eu recomendaria sempre. Depois desse desfecho apressado, mal feito e todo engessado, porém, isso é o que eu menos vou fazer. Se valeu a pena assistir mesmo assim? Eu digo que sim. Só pelo show de atuação da Song Hye Kyo e do Jo In Sung. De resto... próximo!
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